Luiz Inácio Lula da Silva assumiu hoje a presidência rotativa do Mercosul. Em discurso durante reunião do bloco realizada em Puerto Iguazú, na Argentina, Lula criticou o Instrumento Adicional apresentado pela União Europeia, em março deste ano. Afirmou que “parceiros estratégicos não negociam com base em desconfiança e ameaça de sanções” caso não cumpram metas ambientais voluntárias. Além disso, enfatizou que o Mercosul deve apresentar uma resposta “rápida e contundente” às condições propostas pela União Europeia para a conclusão de um acordo econômico entre os dois blocos.
O Brasil assumiu a presidência do grupo formado por Argentina, Paraguai e Uruguai por um período de seis meses. Entre os temas centrais já citados pelo governo brasileiro para a agenda deste semestre, além do acordo entre União Europeia e Mercosul, estão a criação de uma moeda comum no bloco, a intenção do Uruguai de negociar um acordo comercial com a China, a crise econômica na Argentina e a adesão da Bolívia como membro-pleno. O fim da suspensão da Venezuela, em vigor desde 2017 por ruptura da ordem democrática, não foi mencionado
Texto escrito por Guilherme Alves.