Sobre o OPSA
O OPSA foi criado em um contexto político muito particular das relações do Brasil com a região. Em 2003, o Brasil iniciava um processo de densa aproximação com a América do Sul, no âmbito da política externa do governo Lula. A eleição de governantes de esquerda e centro-esquerda na Argentina, Uruguai, Paraguai, Brasil, Chile, Bolívia, Equador e Venezuela criou uma dinâmica positiva para o aprofundamento da cooperação sub-regional com a criação da UNASUL, ALBA, Conselho de Defesa Sul-Americano, agregando-se posteriormente, a CELAC, que incluiu as três sub-regiões da América do Sul, Central e Caribe.
A região sul-americana pode ser vista quer como uma unidade analítica, quer como um espaço de experimentação política Os países da área compartem semelhanças econômicas, políticas e culturais, resultado de uma série de instituições e processos decorrentes das adaptações locais a fatores sistêmicos e históricos comuns. Como unidade política a região diferencia-se de outras situadas na periferia e semi-periferia do sistema mundo capitalista por sua localização geográfica na área de influência imediata dos EUA, inserção internacional como Estados independentes já no século XIX, afinidades históricas com o mundo ocidental e, posteriormente, com os países que compõem o Sul geopolítico.
O ciclo de governos progressistas, na primeira década de 2000, foi crucial para por em movimento a ação coletiva regional, a despeito das diferenças de orientação política e inserção comercial dos países da região.
No momento atual em que aquele ciclo parece estar se revertendo torna-se ainda mais importante que se disponha de conhecimento acumulado no país sobre a política externa e doméstica dos respectivos países ainda mais tendo em vista o conjunto considerável de desafios que incluem não apenas aqueles do passado como o baixo crescimento, pobreza e desigualdade social, violência urbana, assim como os novos relacionados à estabilidade política, descrença nas instituições, reações variadas da sociedade às conjunturas de crise econômica e política, entre outros.
Nesta conjuntura, resolvemos retomar as atividades do OPSA com um formato mais modesto, em termos do tamanho da equipe e da grade de publicações, de forma a fazer face à escassez de recursos para pesquisa, na expectativa que dias melhores virão. A inserção na plataforma Latitude Sul agrega valor ao trabalho do OPSA permitindo um diálogo profícuo com os demais grupos de pesquisa que dela participam – LABMUNDO, NEAAPE e GRISUL e a difusão de nossas atividades para um público mais amplo.
Nessa nova etapa do OPSA, contamos com uma pequena equipe de pesquisadores, alunos da pós-graduação do IESP-UERJ e com a colaboração de nossa equipe anterior cuja contribuição para o Observatório tem sido inestimável.
Apesar das dificuldades de se fazer pesquisa de qualidade no país na atual conjuntura, o OPSA mantém o compromisso em colaborar para a formação de uma inteligência especializada nas questões políticas sul-americanas, influenciar a esfera pública, gerar pesquisa de qualidade, quantitativa e qualitativa, sobre eventos regionais, buscando enquadramento analítico rigoroso. Mais que tudo, seu maior compromisso continua sendo produzir um olhar sul-americano sobre a nossa região.
Coordenação

Pesquisadores

Jefferson Luis Moreira Nascimento
Doutorando em Ciência Política (IESP-UERJ)
Agência de Fomento:
CAPES
Tema de pesquisa:
Democracias na América Latina.
País pesquisado no OPSA:
Argentina

Marília Closs
Doutoranda em Ciência Política (IESP-UERJ)
Agência de Fomento:
CAPES
Temas de pesquisa:
Estudos latino-americanos e africanos e narcotráfico na América Latina.
País pesquisado no OPSA:
Bolívia

Diogo Ives de Quadros
Doutor em Ciência Política (IESP-UERJ)
Agência de Fomento:
CNPq.
País pesquisado no OPSA:
Brasil

Júlia Furtado Reis
Mestranda em Ciência Política (IESP-UERJ)
Agência de Fomento:
CAPES
Temas de pesquisa:
Organizações internacionais e integração regional.
País pesquisado no OPSA:
Chile

Matheus Fernandes Petrelli Santos
Mestrando em Economia Política Internacional (PEPI-UFRJ)
Temas de pesquisa: Política externa da Índia e seu projeto de ascensão internacional.
País pesquisado no OPSA:
Colômbia

Ghaio Nicodemos Barbosa
Doutorando em Ciência Política (IESP-UERJ)
Agência de Fomento:
CAPES
Temas de pesquisa:
Políticas públicas, política externa comparada, grupos de interesse e política nuclear.
País pesquisado no OPSA:
Equador

Guilherme Domingues Fritz
Graduando em Defesa e Gestão Estratégica Internacional (UFRJ)
Temas de pesquisa:
Grande Divergência.
Países pesquisados no OPSA:
Guiana e Suriname

Stephanie Braun Clemente
Doutoranda em Relações Internacionais (PPGRI/UERJ)
Agência de Fomento:
CAPES
Temas de pesquisa:
Análise de Política Externa, Política Externa Brasileira, Política Externa Venezuelana, América Latina, Regionalismo, Política Externa Paraguaia.
País pesquisado no OPSA:
Paraguai

Lucas Calabró Berti
Mestrando em Ciência Política (IESP-UERJ)
Agência de Fomento:
CAPES
Temas de pesquisa:
Estabilidade presidencial na América Latina.
País pesquisado no OPSA:
Peru

Débora Bedim Loures
Doutoranda em Ciências Militares (PPGCM-ECEME)
Agência de fomento:
CAPES
País pesquisado no OPSA:
Uruguai

Thaís Jesinski Batista
Doutoranda em Ciência Política (IESP-UERJ)
Agência de Fomento:
FAPERJ
Temas de pesquisa:
Política Externa do Brasil, Integração Sul-Americana, Clima.
País pesquisado no OPSA:
Venezuela

Beatriz Bandeira de Mello
Doutoranda em Relações Internacionais (PPGRI-UERJ)
Agência de Fomento:
CAPES
Temas de pesquisa:
Política Externa Argentina, Peronismo, Integração Regional, Análise de Conteúdo e Análise de Discurso Crítica.
Tema pesquisado no OPSA:
Agenda das organizações regionais da América do Sul