No dia 6 de dezembro, representantes do Mercosul e da União Europeia reunidos em Montevidéu, anunciaram a conclusão das negociações para o acordo de livre- comércio entre os blocos. O texto aprovado avançou em pontos centrais como cooperação ambiental, política e comercial, além de prever a harmonização de normas sanitárias e fitossanitárias e a abertura para compras governamentais.
Depois de 25 anos, as autoridades sul-americanas e europeias chegaram a um consenso sobre os principais tópicos do documento, apesar da resistência de países como a França. Agora, ele precisa ser traduzido e aprovado pelos parlamentares europeus, pelo Conselho Europeu e pelo Legislativo dos países do Mercosul – Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia.
O anúncio aconteceu durante a Cúpula de Presidentes do Mercosul, realizada no Uruguai, e contou com a presença de todos os mandatários do bloco, incluindo o argentino Javier Milei, que destoou dos demais pedindo mais liberdade e afirmando que o Mercosul é uma “prisão”. Por outro lado, a presidenta da Comissão Europeia, Úrsula von der Leyen, declarou que a finalização do acordo é uma “vitória para a Europa” e que este é um dispositivo do tipo ganha-ganha.
A data marca um contraponto em relação ao anúncio feito em 2019 – que contou apenas com a assinatura de um documento preliminar. No Brasil, a finalização do acordo foi comemorada; na Argentina, setores agrícolas – representados pela Sociedad Rural Argentina (SRA), também celebraram a conclusão do acordo, ressaltando que ele aumentará o grau de investimentos na região.
Texto escrito por Beatriz Bandeira.