[EVENTO URGENTE] Irfaan Ali é reeleito presidente da Guiana

No dia 1º de setembro, a Guiana realizou eleições nacionais, cujo resultado foi a vitória de Irfaan Ali para um segundo mandato de 5 anos. Ali anunciou sua vitória na quarta-feira, mas a Comissão Eleitoral da Guiana (GECOM) somente confirmou o resultado no dia 6 de setembro. As eleições presidenciais na Guiana são indiretas, de maneira que o partido ou aliança que consegue a maioria dos assentos no Parlamento tem seu candidato presidencial eleito.

O People’s Progressive Party/Civic (PPP), partido de Irfaan Ali, obteve 55% dos 65 assentos parlamentares. Os dois principais partidos de oposição, o We Invest in Nationhood (WIN) e o A Partnership for National Unity (APNU), tiveram, respectivamente, 24,8% e 17,7% dos votos.

O segundo mandato de Ali representa uma continuidade de suas políticas em relação à exploração de petróleo offshore, cujo desafio principal é conseguir fazer com que a renda seja distribuída de forma justa à sociedade guianesa. Além disso, a Guiana encontra-se em uma situação de tensões crescentes com a Venezuela, de forma que a pressão ativa dos Estados Unidos na região representa um elemento exógeno de possíveis desestabilizações e imprevisibilidades ao novo governo.

Após a vitória, Irfaan Ali recebeu congratulações de lideranças globais e embaixadas, como por exemplo, pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, pelo Primeiro-Ministro da Índia, Narendra Modi através da plataforma X, além de mensagens das embaixadas do Reino Unido e da China.

Texto escrito por Guilherme Fritz.

[EVENTO URGENTE] Pré-candidato à presidência da Colômbia morre após atentado

Na madrugada de hoje, 11 de agosto, o senador e pré-candidato à presidência, Miguel Uribe Turbay, 39 anos, teve sua morte confirmada por após ter sofrido um atentado a tiros, no dia 7 de junho.

O falecimento teve ampla repercussão nas esferas políticas e sociais colombianas. O presidente do país, Gustavo Petro, afirmou que “a vida está acima de qualquer ideologia” e expressou suas condolências à família. Em paralelo, o ex-presidente (2002-2010) e principal opositor de Petro, Álvaro Uribe, suplicou que “Miguel seja a luz que ilumina o caminho da Colômbia”.
Em 2022, Turbay foi convidado por Uribe para disputar uma vaga no Senado colombiano pelo partido Centro Democrático e se tornou o candidato mais votado da eleição. Crítico ao governo Petro, Turbay era o principal nome de seu partido para a disputa presidencial de 2026.
O executor do atentado (um adolescente de 15 anos) foi preso no mesmo dia do corrido. No entanto, as investigações para descobrir os mandantes e os motivos do atentado ainda estão em andamento.
Outras personalidades também prestaram solidariedades à morte de Turbay. Dentre elas, destacam-se membros do governo, como a vice-presidente, Francia Márquez e o ministro da defesa, Pedro Sánchez; o secretário geral da ONU, Antonio Guterres; e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio.


Texto escrito por Matheus Petrelli

[EVENTO URGENTE] STF brasileiro reage a acusações dos EUA

A abertura de trabalhos do semestre do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro ocorrida hoje, em Brasília, foi marcada por discursos de autoridades em reação às pressões recentes de Donald Trump contra a Corte.

No dia 30 de junho, o presidente dos EUA oficializou o tarifaço de 50% sobre importações brasileiras (embora admitindo uma série de exceções) e manteve a justificativa com base em decisões do STF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e empresas de redes sociais estadunidenses. Porém, avisou que um alinhamento do Brasil às políticas externa, econômica e de segurança dos EUA pode aliviar a sobretaxa. No mesmo dia, Trump incluiu o ministro Alexandre de Moraes em sanções financeiras da Lei Magnitsky por supostamente violar direitos humanos nas suas decisões.

Hoje, o presidente do STF, ministro Luis Roberto Barroso, relembrou o histórico de golpes no Brasil, defendeu o julgamento dos envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro e repudiou tentativas de interferência nos trabalhos do Judiciário.

O decano da Corte, ministro Gilmar Mendes, salientou que a regulação de redes sociais precisa avançar para conter crimes na internet, por meio da criação de deveres às empresas da área que estejam de acordo com a Constituição de 1988.

O ministro Alexandre de Moraes classificou os ataques como fruto de uma organização criminosa de agentes e políticos brasileiros no exterior, a fim de criar uma crise econômica e política que facilite um golpe de Estado.

Por fim, o ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, afirmou que as tensões políticas e diplomáticas do momento serão tratadas com reafirmação da defesa da democracia e da soberania pelo Executivo brasileiro.

Texto escrito por Diogo Ives

[EVENTO URGENTE] Suriname elege a primeira mulher como presidente de sua história

No dia 6 de julho, a Assembleia Nacional do Suriname elegeu Geerlings-Simons como Presidente da República. É a primeira vez que uma mulher ocupa o cargo. No dia 25 de maio, ocorreram eleições para a Assembleia Nacional, elegendo 51 representantes. A escolha presidencial advém de negociações realizadas entre os partidos e os membros eleitos, sendo necessário 2/3 dos votos para eleger um presidente. O Partido da Reforma Progressiva (Progressive Reform Party – VHP), do atual presidente Chandrikapersad Santokhi, conseguiu cerca de 17 assentos, enquanto o Partido Nacional Democrata (National Democratic Party – NDP), liderado por Jennifer Geerlings-Simons, conquistou aproximadamente 18 lugares na Assembleia Nacional. Para conquistar maioria na Assembleia, o NDP formou uma coalizão com os seguintes partidos: Alternative 2020 Party (A20), Brotherhood and Unity in Politics Party (BEP); General Liberation and Development Party (ABOP); National Party of Suriname (NPS); e o Pertjajah Luhur Party (PL). Geerlings-Simons tomou posse no dia 16 de julho, quando terminou o mandato do atual presidente.


Texto escrito por Guilherme Fritz.

[EVENTO URGENTE] EUA impõem sobretaxa de 50% a importações do Brasil

Ontem, dia 9, o presidente dos EUA, Donald Trump, enviou uma carta ao presidente Lula informando que imporá uma sobretaxa de 50% a todos os bens importados do Brasil a partir de 1º de agosto.
Trump criticou uma suposta “caça às bruxas” feita contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, decisões do Supremo Tribunal Federal contra redes sociais sediadas nos EUA e barreiras comerciais do Brasil que produziriam um déficit para os norte-americanos.
A medida veio após Trump afirmar na rede Truth Social, no dia 7, que Bolsonaro, sua família e seus apoiadores são perseguidos no Brasil por razões políticas. No dia 8, a embaixada dos EUA no Brasil emitiu uma nota endossando a acusação de Trump.
A investida contra o Brasil ocorre na mesma semana em que o país sediou a cúpula de chefes de Estado do BRICS. No dia 6, também via rede social, Trump tinha ameaçado sobretaxar países que se alinhassem às políticas “antiamericanas” do bloco.
Em nota, o deputado federal Eduardo Bolsonaro declarou que vem mantendo diálogo com o governo Trump para denunciar a “escalada autoritária” no Brasil, liderada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes e apoiada por um “establishment político, empresarial e institucional”. A sobretaxa de 50% buscaria responsabilizar um “sistema que sustenta abusos de poder”.
Em reação à sobretaxa, o presidente Lula repudiou a tentativa dos EUA de tutelar as instituições da Justiça brasileira e declarou que adotará medidas de reciprocidade caso a tarifa entre em vigor. O Itamaraty convocou o representante dos EUA no Brasil para devolver a carta de Trump e pedir explicações sobre a interferência em assuntos domésticos.

Texto escrito por Diogo Ives.

[EVENTO URGENTE] Ex-presidente uruguaio José Mujica morre aos 89 anos

No dia 13 de maio, o ex-presidente do Uruguai (2010-2015), José Mujica, faleceu após meses enfrentando um câncer no esôfago. Em janeiro de 2025, Mujica anunciou publicamente que sua doença havia se agravado, encerrando sua agenda de entrevistas e aparições públicas. Mujica se tornou umas das figuras mais influentes da política uruguaia e um símbolo na América Latina, com seus discursos humanistas e seu compromisso com as causas sociais.

O presidente do Uruguai, Yamandú Orsi, afirmou que Mujica integrará “as páginas da história não só nacional” e destacou a importância de suas reflexões e o valor que atribuía ao debate de ideias. Em suas redes sociais, Orsi escreveu: “Presidente, militante, referência e condutor. Obrigado por tudo que nos deu e pelo seu profundo amor pelo seu povo”.

O falecimento gerou uma rápida reação na América Latina. Diversos líderes políticos da região expressaram suas condolências e destacaram a importância da figura de Mujica para a política latino-americana, reforçando os valores éticos e morais que ele defendia. Entre os mandatários que enviaram mensagens estão: Gabriel Boric (Chile), Lula da Silva (Brasil), Luis Arce (Bolívia), Claudia Sheinbaum (México), Santiago Peña (Paraguai), Gustavo Petro (Colômbia e Xiomara Castro (Honduras).

Algumas ausências foram notadas, como a do atual presidente da Argentina, Javier Milei, que não se manifestou sobre a morte de Mujica. Apesar disso, os ex-mandatários argentinos, Mauricio Macri, Alberto Fernández e Cristina Kirchner, publicaram palavras de respeito para Mujica em suas redes sociais. Outra ausência destacada pela imprensa uruguaia foi a dos EUA, onde não houve manifestações por parte do presidente Donald Trump e nem da Casa Branca.

O velório foi aberto ao público, a pedido de Pepe e sua esposa, Lucía Topolansky, e aconteceu no Palácio Legislativo, entre os dias 14 e 15 de maio. Além disso, foi realizado um cortejo fúnebre, que saiu da Torre Executiva e passou por locais simbólicos da trajetória política de Mujica, como as sedes do MLN-Tupamaros (Movimento de Libertação Nacional), da Frente Ampla e do Movimento da Participação Popular.

Texto escrito por Débora Bedim Loures.

[EVENTO URGENTE] Presidente do Equador é reeleito para segundo mandato

No último domingo, 13 de abril, o Equador realizou o segundo turno das Eleições Gerais para decidir seu novo presidente da República.

Com mais de 97% das atas apuradas, o atual presidente, Daniel Noboa, do partido Acción Democrática Nacional, recebeu 55,66% dos votos válidos e está matematicamente reeleito. Sua opositora, Luisa González, do Revolución Ciudadana, recebeu 44,34% dos votos válidos.

O resultado oficial foi validado pela presidenta do Conselho Nacional Eleitoral, Diana Atamaint.

Luisa González e outros membros de seu partido alegam ter havido fraude no processo eleitoral, não reconhecem o resultado eleitoral apurado oficialmente e afirmaram que pedirão a recontagem dos votos.

Texto escrito por Ghaio Nicodemos.

[EVENTO URGENTE] Cúpula da CELAC emite declaração final mesmo sem consenso entre todos os membros

Aconteceu ontem, dia 9 de abril, em Tegucigalpa, capital de Honduras, a 9a Cúpula de Chefes de Estado e Governo da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). Ao final, 30 dos 33 países da comunidade aprovaram a Declaração de Tegucigalpa, que critica “a imposição de medidas coercitivas unilaterais contrárias ao direito internacional, incluindo as restritivas ao comércio internacional”, reivindica o fortalecimento da CELAC como mecanismo de concertação política, proclama a região como Zona de Paz e defende o multilateralismo.


O documento foi publicado mesmo sem o apoio das delegações da Nicarágua, da Argentina e do Paraguai, que contestaram especificamente os trechos que tratam das medidas comerciais, do lançamento de uma candidatura única para a ONU e da igualdade de gênero. Após a publicação, os governos do Paraguai e da Argentina alegaram que houve uma violação dos procedimentos da CELAC, os quais exigem consenso para a aprovação de declarações. Por sua vez, o governo de Honduras, que exerce a presidência da CELAC, argumentou que houve “consenso suficiente” e que as objeções dos três países foram registradas em uma nota de rodapé do documento.


Durante o encontro, o presidente Lula discursou a favor de uma mudança na regra de consenso da CELAC. Afirmou que ela se tornou irrealista diante das diferenças ideológicas profundas que marcam a região hoje e sugeriu a formação de uma comissão para estudar sua alteração. Além disso, pontuou como prioridades de ação coletiva o fortalecimento da democracia, o combate às mudanças climáticas e a integração econômica e comercial.


Também defendeu uma candidatura unificada da região para a Secretaria Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), enfatizando que o organismo nunca foi presidido por uma mulher. Além de Lula, presidentes que compareceram à reunião incluíram Gustavo Petro, da Colômbia (que assumirá a presidência pro tempore da CELAC no período 2025-2026); Claudia Sheinbaum, do México; Xiomara Castro, de Honduras; Miguel Diaz Canal, de Cuba; Luis Arce, da Bolívia; Yamandú Orsi, do Uruguai; e Bernardo Arévalo, da Guatemala. Os presidentes da Argentina e do Paraguai, Javier Milei e Santiago Peña, não participaram da Cúpula, mas se encontraram em Assunção, capital paraguaia.


Texto escrito por Beatriz Bandeira.

[EVENTO URGENTE] Organização dos Estados Americanos elege novo Secretário-Geral

A Organização dos Estados Americanos (OEA) elegeu ontem, dia 10 de março, o seu novo Secretário-Geral. O substituto do uruguaio Luis Almagro será o atual Ministro de Relações Exteriores do Suriname, Albert Ramdin, o primeiro representante de um país caribenho a ocupar o cargo desde a criação da OEA, em 1948. Sendo o representante permanente do Suriname na OEA desde 1996, ele foi eleito com 22 dos 34 votos disponíveis e liderará a organização no período entre 2025 e 2030.

Ramdin já ocupou o cargo de Secretário Adjunto da OEA entre 2005 e 2015, durante o mandato do chileno José Miguel Insulza. O surinamês contou com o apoio de Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia e Uruguai e todos os países caribenhos, decisão que motivou o anúncio da retirada do candidato paraguaio, Rubén Ramírez Lezcano no dia 6 de março.

Os desafios de Ramdin à frente da organização serão muitos: desde reações às políticas comerciais e migratórias dos Estados Unidos de Donald Trump, passando pela gestão das crises na Venezuela, na Nicarágua e no Haiti, até os desdobramentos das relações dos países americanos com a China.


Texto escrito por Beatriz Bandeira e Guilherme Fritz.

[EVENTO URGENTE] Eleições presidenciais no Equador serão decididas no segundo turno

No último domingo, 9 de fevereiro, o Equador realizou eleições gerais, nas quais a população votou para presidente da República e parlamentares nacionais e provinciais.

O resultado da votação presidencial definiu que o atual presidente, Daniel Noboa, do partido de direita Movimiento Acción Democrática Nacional (ADN), e Luisa González, do partido de esquerda Revolución Ciudadana, irão para o segundo turno, no dia 13 de abril. Obtiveram, respectivamente, 44,19% e 43,91% dos votos válidos.

Na sequência, Leonidas Iza, do partido indígena Pachakutik, recebeu 5,3% dos votos, enquanto Andrea Gonzalez, do Partido Sociedad Patriotica, de direita, recebeu 2,7% dos votos. Os doze candidatos restantes, somados, receberam 3,9% dos votos válidos.

Na distribuição das 151 cadeiras da Assembleia Nacional, o Revolución Ciudadana ocupará 67 delas, seguido pelo ADN, que conquistou 66 assentos. Em seguida, os partidos Pachakutik, Partido Social Cristiano e Movimiento Construye tiveram, respectivamente, 9, 5 e 1 legisladores eleitos. As três vagas restantes serão preenchidas por movimentos políticos locais.

Texto escrito por Ghaio Nicodemos.