[PUBLICAÇÕES] Boletim OPSA – n. 3 jul./set. 2022
Está disponível a nova edição do Boletim OPSA, que inclui:
- Editorial ““O Brasil está de volta”: de Pária a Protagonista”, por Maria Regina Soares de Lima, Marianna Albuquerque e Diogo Ives
- Artigo “A Política Externa na Eleição Presidencial de 2022”, por Kethlyn Winter
- Artigo “América Latina: Um Regionalismo Fora do Lugar”, por Monica Hirst
- Artigo “Análise dos Discursos dos Países da América do Sul na Abertura da 77ª Sessão da Assembleia Geral da ONU”, por Marianna Albuquerque e Guilherme Alves
- Artigo “O Governo de Luis Lacalle Pou no Uruguai: Um Balanço sobre a Primeira Metade do Mandato”, por André Leão
- Artigo “O Governo de Pedro Castillo em meio às Crises Cíclicas no Peru”, por Jefferson Nascimento
Acesse a edição completa aqui.
[EVENTO URGENTE] Lula vence eleições presidenciais históricas no Brasil
No dia 30 de outubro, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito presidente do Brasil em uma disputa eleitoral considerada histórica por diversos motivos. Primeiro, porque é o primeiro presidente a ser eleito três vezes na República brasileira. Segundo porque Lula foi o candidato mais votado da história do país no primeiro e segundo turnos, ao receber 57 milhões de votos (48,43% dos votos válidos) e 60,3 milhões de votos (50,9% dos votos válidos), respectivamente. Lula também será a pessoa mais velha a assumir a presidência. Seu adversário e atual presidente, Jair Bolsonaro, foi o segundo colocado na disputa eleitoral que mais recebeu votos na história, com 51 milhões de votos (43,2% dos válidos) no primeiro turno e 58,2 milhões de votos (49,1% dos válidos) no segundo. Bolsonaro igualmente foi o primeiro presidente a não conseguir se reeleger no Brasil. Por fim, a eleição presidencial de 2022 tornou-se a mais disputada na história, ao apresentar a menor diferença na quantidade de votos já registrada entre os primeiro e segundo colocados no segundo turno: menos de 2 milhões de votos, o equivalente a menos de 2% dos votos válidos.
Texto escrito por Leandro Wolpert
[PUBLICAÇÕES] Conjuntura Latitude Sul – Setembro/2022
OPSA & Podcast Chutando a Escada: Um ano de governo Lasso no Equador

DIÁLOGOS OPSA com Helena Salim de Castro (UNESP/UNICAMP/PUC-SP)
No quarto episódio da série, Helena Salim de Castro fala sobre sua tese “Entre violências e resistências: a “Guerra às Drogas” na Colômbia e na Bolívia e a governança (neo)liberal-colonial-patriarcal”.
Acesse o vídeo completo em aqui.

Maria Regina Soares de Lima recebe Prêmio ANPOCS

[PUBLICAÇÕES] Conjuntura Latitude Sul – Agosto/2022
[EVENTO URGENTE] Chile rejeita nova Constituição em referendo
Em referendo realizado ontem, 4 de setembro de 2022, a maioria da população chilena reprovou o projeto de nova Constituição que foi elaborado por uma Assembleia Constituinte, eleita democraticamente e reunida entre junho de 2021 e julho de 2022. 61,8% dos eleitores votaram na opção “Rechazo”, enquanto 38,1% votaram em “Apruebo”.
O voto era obrigatório e levou 13 milhões de pessoas às urnas, o que foi um recorde na história eleitoral do Chile. Pesquisas de opinião já indicavam que a reprovação ganharia, mas apontavam um percentual menor do que o verificado no referendo.
O projeto previa avanços em relação à Constituição de 1980, elaborada na ditadura de Augusto Pinochet, em temas como paridade de gênero, estado de bem-estar social, saúde pública, previdência pública, meio ambiente, direitos de povos indígenas e direito ao aborto. Também estipulava a substituição do Senado por um órgão com menos poderes.
Entre julho e agosto, partidos de direita fizeram campanha pelo voto de rechaço, alegando que o texto estimulava divisões na população e um aumento de poder do Executivo. Por sua vez, partidos de esquerda, favoráveis à aprovação, alegaram que a campanha da oposição era baseada em medo, desinformação e fake news.
Em pronunciamento após o resultado do referendo, o presidente chileno, Gabriel Boric, afirmou que a população havia expressado seu descontentamento democraticamente e que caberia às instituições e aos atores políticos fazer uma autocrítica e trabalhar por um projeto mais consensual. Neste sentido, Boric convocou a sociedade civil e o Congresso para a negociação de um roteiro que defina os próximos passos do processo constituinte, porém frisou que o grande protagonista da ação será o Congresso.
Partidos de direita têm mais força no Congresso chileno atual do que tinham na Assembleia Constituinte, cuja maioria era conformada por partidos de esquerda, representantes de povos indígenas e pessoas independentes. Isto significa que a direita terá mais poder para influir nos rumos da nova Constituição daqui para frente.
A depender das negociações, o Congresso pode optar por rediscutir os pontos menos consensuais do projeto que está pronto, apontar um painel de especialistas para sugerir ajustes, ou convocar uma nova Assembleia Constituinte em 125 dias.
Texto escrito por Diogo Ives
[EVENTO URGENTE] Vice-presidente argentina sofre atentado
A vice-presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, sofreu um atentado enquanto cumprimentava apoiadores na noite do dia 1º de setembro de 2022. Um atirador tentou disparar contra a cabeça da vice-presidente, mas a arma falhou.
Imediatamente, o presidente Alberto Fernández decretou um feriado nacional como forma de solidariedade.
Isso viabilizou que, no dia seguinte, dezenas de milhares tomassem as ruas de Buenos Aires em apoio à vice-presidente. Uma marcha na Plaza de Mayo reuniu todos os ministros do governo, enquanto o presidente Fernández se fez presente por meio de uma mensagem contra o discurso de ódio lida ao final do ato.
O principal adversário político do peronismo, Mauricio Macri, declarou seu repúdio ao ataque à vida de Kirchner. Parlamentares de oposição, no entanto, criticaram o uso político do caso pelo governo.
Diversos líderes latino-americanos e de outras partes do mundo também se manifestaram, condenando o clima belicoso que vem permeando o processo político da região.
Escrito por Pedro Lange