No dia 13 de maio, o ex-presidente do Uruguai (2010-2015), José Mujica, faleceu após meses enfrentando um câncer no esôfago. Em janeiro de 2025, Mujica anunciou publicamente que sua doença havia se agravado, encerrando sua agenda de entrevistas e aparições públicas. Mujica se tornou umas das figuras mais influentes da política uruguaia e um símbolo na América Latina, com seus discursos humanistas e seu compromisso com as causas sociais.
O presidente do Uruguai, Yamandú Orsi, afirmou que Mujica integrará “as páginas da história não só nacional” e destacou a importância de suas reflexões e o valor que atribuía ao debate de ideias. Em suas redes sociais, Orsi escreveu: “Presidente, militante, referência e condutor. Obrigado por tudo que nos deu e pelo seu profundo amor pelo seu povo”.
O falecimento gerou uma rápida reação na América Latina. Diversos líderes políticos da região expressaram suas condolências e destacaram a importância da figura de Mujica para a política latino-americana, reforçando os valores éticos e morais que ele defendia. Entre os mandatários que enviaram mensagens estão: Gabriel Boric (Chile), Lula da Silva (Brasil), Luis Arce (Bolívia), Claudia Sheinbaum (México), Santiago Peña (Paraguai), Gustavo Petro (Colômbia e Xiomara Castro (Honduras).
Algumas ausências foram notadas, como a do atual presidente da Argentina, Javier Milei, que não se manifestou sobre a morte de Mujica. Apesar disso, os ex-mandatários argentinos, Mauricio Macri, Alberto Fernández e Cristina Kirchner, publicaram palavras de respeito para Mujica em suas redes sociais. Outra ausência destacada pela imprensa uruguaia foi a dos EUA, onde não houve manifestações por parte do presidente Donald Trump e nem da Casa Branca.
O velório foi aberto ao público, a pedido de Pepe e sua esposa, Lucía Topolansky, e aconteceu no Palácio Legislativo, entre os dias 14 e 15 de maio. Além disso, foi realizado um cortejo fúnebre, que saiu da Torre Executiva e passou por locais simbólicos da trajetória política de Mujica, como as sedes do MLN-Tupamaros (Movimento de Libertação Nacional), da Frente Ampla e do Movimento da Participação Popular.
Texto escrito por Débora Bedim Loures.